14 fevereiro, 2007

Resultado da votação

Também aqui no Cascata se votou para o maior português. Os resultados são claros:

Para os leitores do Cascata Negra, o maior português de sempre, foi António Oliveira Salazar com 39% dos votos.

D.Afonso Henriques reuniu 22% dos votos em terceiro lugar Eusébio e o Infante D.Henrique com 11% dos votos expressos.

Sá Carneiro, D.João II e Marquês de Pombal reuniram ambos 6% dos votos.

Sem votos ficaram D.Dinis, Mário Soares e José Mourinho.

Com esta votação, fecho o primeiro ciclo de votações. Pelo que por agora, não estará on-line qualquer votação. Contudo, em breve, este espaço terá novidades, bem como, poderão ser criados mais espaços, do agrado, espero eu, do leitor.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se tivesses posto o Santana eu tinha votado nele...

8:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Cito "...no número 11, do artigo 115ª da nossa Constituição " O referendo só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no Recenseamento"."

O que significa um referendo com um resultado vinculativo?

O referendo vinculativo implica que o número de votantes seja “superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento” - e repito inscritos no recenseamento- conforme diz a Constituição desde 1997.
Um resultado não vinculativo é, por definição, e passe a redundância, não vinculativo. Não vincula. Ou seja, não obriga o legislador a respeitar o “Sim” mas também não o obriga, por maioria de razão, a respeitar o “Não”

A questão colocada não deixa de ter interesse. Porém, eu não a vejo com a relevancia que lhe quer atribuir. É obvio que, do ponto de vista legal, um referendo com uma participação inferior a 50%, não é vinculativo; o governo poderá, ou não, legislar de acordo com a resposta que foi dada. Mas, essa resposta, muito especialmente no caso concreto, em que houve uma participação muito próxima dos tais 50%, é sempre vinculativa sob o ponto de vista político. O governo, ainda que não quisesse (o que não é o caso), estaria politicamente obrigado a legislar de acordo com o sentido de voto. O que eu quero dizer é que nenhum governo se atreveria a ir contra a vontade popular após os resultados do dia 11 (embora fosse possível, essa hipótese é apenas teórica). E tanto assim é, que já prometeu para breve a regulamentação…

Por outro lado entendo que algum limite há-de haver (e os 50% não me parecem mal). Isto porque (e também teoricamente), poderiamos vir a ter um referendo (que só existe quando a questão tem um interesse relevante para o país), vinculasse um governo sobre determinado assunto, ainda que só tivesse havido uma única resposta-um único voto- o que neste caso seria absurdo.

Em democracia liberal não votar tem de ser relevante. Quem não foi votar, de certa maneira votou para que o referendo não fosse vinculativo. Precisamente porque a abstenção é um voto estrategicamente útil..

Ainda de uma outra perspectiva, o poder/dever do voto é, quanto a mim, fundamental num sistema democrático (não podemos esquecer do tempo em que as eleições não eram livres), e devemos exercê-lo. Isto por duas ordens de razão:

1º Não podemos deixar que os outros decidam por nós (principalmente se não lhes conferimos legitimidade “intelectual” para o fazer);

2º Se nos queremos insurgir contra o que está, temos o dever de dizer como queriamos.

Ora o que se passa é que, quando alguém (como eu) tem o desplante de afirmar que o sistema não é perfeito e pode e deve ser melhorado, no mínimo é confrontado com acusações de que se trata de um “ataque à democracia”, ou a repetição “ad nauseum” da frase batida do “não sendo perfeito, blá, blá, blá….”

1:47 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

OFF TOPIC

Tiago apaga o meu comentario acima e este enganei-me sorry

2:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

tipo quem é que vai votar no salazar?pronto se calhar porque o acharam engraçado e tal e não sabem nada sobre a sua excelentissima pessoa e os seus feitos. Digamos que não foram os melhores: Salazar foi um Ditador. Sim foi realmente um grande homem até saltava para as cadeiras...bem enfim inaugurou a ponte 25 de Abril, fez de alguma maneira uma restauração económica mas nada é comparado á censura e á junção do Estado com a Igreja, nada disso me agradou, visto que eu ao ser católica discordo com muitas das ideias da Igreja e por isso por mim jamais o Estado deveria associar-se a esta instituição. Choca-me profundamente não puder exprimir-me, dizer aquilo que está mal, dar a minha opinião, enfrentar aqueles que julgam fazer o bem, sim julgam porque trabalham para os interesses deles sem olhar ás misérias que os rodeiam. Misérias essas que também faziam parte do regime do salazar. Enquanto ele e os seus "ajudantes" comiam á grande incluindo padres sim esses, estavam famílias ás vezes sem tecto cheias de fome, com pouca roupa... E claro a educação nem se fala, as crianças eram discriminadas por serem pobres, os professores usavam a violência, a religião católica era exigida na escola...mas que raio de regima era este? continuo sem perceber porque votaram neste homem que tanto fez sofrer tanta gente!

10:23 da tarde  
Blogger Padeira de Aljubarrota said...

Não me intreprete mal, não sou salazarista.

Se há coisa de que não pode acusar salazar é de não zelar pelos interesses do país. Poderá não concordar com o método, poder-lhe-à fazer espécie o autoritarismo, mas António de Oliveira Salazar nunca levou uma vida farta ou ostensiva. Aliás, tal como Álvaro Cunhal, morreu praticamente na miséria. Não partilha dos seus ideais? Muito bem, mas Salazar acreditou neles e defendeu-os até ao fim, no que julgava ser o melhor para Portugal. Quer queira quer não, Salazar não inaugurou apenas a ponte António Oliveira Salazar, actualmente chamada de ponte 25 de Abril. É, aliás uma das figuras que marcou de forma mais indelével a nossa história e que mais contribuiu para a auto-identificação dos portugueses com a sua pátria, valor que o comunismo repudia com tanta veemência. Evitou ainda, com extrema audácia, o alinhamento de Portugal, quer por um lado quer por outro, na II Guerra Mundial.

Entendo que tenha sido habituado a não gostar de Salazar, mas tal como eu admito que nem tudo é bom, terá que admitir que nem tudo é mau.

10:51 da manhã  

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