28 novembro, 2006

Assim vão as intenções de voto para o referendo...

Em primeiro lugar, nota positiva: Segundo uma sondagem do DN, cerca de três quartos dos eleitores tencionam ir votar. É um bom sinal, pois conduz a um resultado que seja, na prática, vinculativo. Por outro lado, uma pequena nota, para afirmar que por vezes não é facil para as pessoas irem votar, caso de pessoas mais idosas ou acamadas, e por aqui, poderemos ter uma primeira limitação à vernacularidade real da votação : É que os mais experientes, mais idosos, votam tendencialmente Não, enquanto os mais jovens e menos limitados no que respeita à mobilidade vota sim. Aliás é esse o segundo dado que nos traz a sondagem do DN: Os jovens são os que mais dizem que vão votar (mais de 85 por cento) e cerca de73%vota no sim. Poderemos daqui extrair alguma conclusão de alguns posts mais antigos que fiz sobre o caminho que a nossa Juventude está a seguir? Deixo à intrepretação do leitor. Por último, uma outra particularidade: O Não está a ganhar terreno, consegue agora atingir os 30% contra os 61% do Não. Em cada três pessoas, uma já vota Não. Outro dado que posso extrair, mas configurando apenas, uma mera opinião pessoal, é com o passar da campanha, dos debates e dos argumentos o Não ganha adeptos, parecendo-me lógico, deduzir que o Não terá os melhores argumentos. Fica igualmente à discussão.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Imoralidade e ilegalidade são dois conceitos que não se confundem. Para além de se esgrimirem argumentos pró ou contra,creio que seria útil pensarmos que nem a lei tem que proibir tudo o que é imoral nem o que é imoral deixa de o ser só porque a lei não pune. Podemos considerar que há actos que são intoleráveis e, como tal,a lei deve prever a sua punição. Mas não podemos considerar que a ausência dessa punição pode permitir que se mude a valoração intrínseca do acto, se for essa a nossa convicção. Isto para dizer que acho perigoso que não se considere este plano da discussão porque, desse modo, lá vamos nós cair no maniqueísmo dos "bons" e dos "maus". Quer se seja a favor ou contra a ilegalidade do aborto, a questão moral subsiste inteira. Também não são os números que me convencem, a verdade é que só há estatísticas fiáveis se a prátia não for ilegal e por isso não é possível comparar directamente os resultados.

12:39 da manhã  
Blogger Tiago Mendonça said...

Um comentário que me pareceu bastante fundamentado e num nível elevado. Será uma pena se não se identificar, ainda que isso não valorize ou desvalorize o bom comentário, que a meu ver, fez. Cumprimentos.

4:44 da tarde  

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